Vemos diariamente notícias de ataques de Pit Bulls a crianças e idosos (principalmente).

Essa Raça, "...proveniente de terriers, que eram utilizados no passado para encontrar e matar animais em caças e até mesmo no subsolo, como ratos, coelhos, e outros, segue o compasso das pessoas em vários pontos, mas que também se rege por instintos arcaicos, somados a cruzamentos artificiais realizados por criadores para fins comerciais, objetivando vantagens imediatas. "


"Esses criadores jamais se preocuparam com os problemas futuros que essas modificações anatômicas e psíquicas pudessem gerar para o cão e seu meio. " (EULÀLIA JORDÀ-POBLET - Médica)


Tenho um cão da raça PitBull, que é este na foto acima, que tem cinco anos de vida, e é um animal extremamente dócil.
O fato é que a criação, a maneira como ele é domesticado, faz todo o diferencial que pode potencializar sua agressividade, transformando-o numa arma contra o próprio dono. Isso é indiscutivel mesmo!

A erradicação da raça, não será a solução para a violência que envolve esses seres.
O problema está no dono, no ser humano, que instiga a violência, e até mesmo inconsciente, está alimentando os instintos do animal.
Sou contra a qualquer violência, com qualquer animal.
Qualquer cão, que seja tratado preso a correntes, isolado em cubículos, mutilados (mesmo sendo a orelha que é "padrão" da raça) os tornam animais traumatizados, irritados, que somente respondem da mesma maneira como são tratados, ou seja, com violência.
Esses cães, são extremamente brincalhões. Mas pelo pré-conceito formulado pela mídia, que causa receio em todos quando se deparam com essa raça, pela maneira rude e bruta de pular para chamar a atenção, são interpretados como ataques, como relata a história abaixo por EULÀLIA JORDÀ-POBLET
"Começo a escrever essas linhas acariciando um jovem pitbull em uma clínica veterinária; ele, entre imensas lambidas, acena-me a cauda com uma sociabilidade e graça dignas de nota. Estranha sua vontade de brincar comigo, pois está com a perna fraturada por um tiro. Submeteu-se a uma cirurgia recente ao ser alvejado por um policial que confundiu seu jeito brincalhão com um ataque. O próprio policial admitiu posteriormente que se precipitou e dispôs-se a pagar os custos da recuperação. Percebi então, em toda a sua plenitude, o que significa a dupla "pré-conceito". "



Será mesmo que todos os ataques divuldados e os não divulgados, são frutos de manifestação de violência desses animais?
Foi uma má interpretação da atitude do cão, ao aproximar-se da pessoa, que já na defensiva pode ter agredido o animal para que ele, assim, também se defendesse?
Sendo ou não, tudo é consequência da criação.
Inclusive com o homem é assim.
Vemos também, quase que diariamente, absurdos como casos de filhos que matam pais, pais que matam filhos das maneiras mais absurdas que se possa imaginar...
A grande diferença, é que os policiais não chegam ao criminoso, e dão-lhes um tiro na cabeça.


"Por serem cães e não possuírem advogados, foram arrastados por condutas intempestivas e entregues, mesmo que bem harmonizados a suas famílias, aos canis da prefeitura, onde iriam encontrar a morte mais vil, posto que abandonados por seus próprios donos, que não tiveram nem a decência de levá-los a local menos sofrido.

Ora, quem adotou animais desse porte o fez sabendo - ou pelo menos deveria saber - que eles vivem por volta de 12 anos, necessitam de canis adequados e boas medidas de contenção alternadas com socialização. Essas pessoas, desde o primeiro momento, sabiam que não estavam pegando um cãozinho minúsculo. Sabiam que tinham deveres a cumprir com mais zelo do que quem possui um cão menor, cuja agressividade pode até ser significativa, mas que nunca terá potencial para um desenlace fatal.

Por sua vez e como sempre, os CCZ perderam uma boa oportunidade de educar a população para a responsabilidade quando a mesma apareceu para entregar seus próprios cães. Nunca, em hipótese alguma, deveriam tê-los aceitado. Deveriam ter dito: "Toma que o filho é teu". Seriam bem acolhidos manuais emergenciais confeccionados pela prefeitura, falando sobre a crueldade que há no abandono e as especificidades que as diferentes raças têm quando se trata de canis, cercas, pessoas estranhas, novos acontecimentos na casa etc.


Quando essas raças são ágeis e/ou possantes como os pitbulls, os mastins napolitanos, os dobermanns e os rotweilers, essas considerações deveriam ser sublinhadas e negritadas. Portanto, em meio a tantos imediatismos, histeria em massa e comentários superficiais, passemos a mais análises sobre os fatos. Voltaremos ao assunto. "(EULÀLIA JORDÀ-POBLET - Médica)




O problema existe ou é produto da mídia? Tente ligar para uma estação de notícias e pedir que noticiem uma mordida por Cocker, e veja o resultado. Se disser depois que foi um Pit Bull, observe a mudança de interesse dos jornalistas.

O índice elevado de mordidas noticiados é decorrente ou não do tipo de criação destes animais? Por que o termo Pit Boy foi criado senão pelo alto índice de marginais de classe média acostumados a proteção paterna em uma sociedade permeada pela impunidade? A imensa maioria dos Pit Bulls estão nas mãos de pessoas assim. Eles são verdadeiros criminosos por detrás desta raça. Os Pit Bulls foram aqui estigmatizados graças aos seus donos criminosos e protegidos por uma sociedade abertamente injusta.

Por que não vemos em jornais notícias de acidentes com Poodles e outras raças menores é prova de que não ocorram? Cães de pequeno porte mordem mais freqüentemente pois se sentem ameaçados com a presença de qualquer animal maior que eles. Este é o grande motivo dos ataques. Cães Pit Bulls, bem criados, dificilmente se sentem ameaçados com nossa presença e dificilmente atacariam por medo.

Primeiro, é preciso educar o homem, e regulamentar de maneira justa a criação desses seres que são extremamentes companheiros, leais, carinhosos e precisam mais do que tudo, de AMOR !