Quando optei por parar de consumir a carne, não foi pensando no aspecto nutricional da questão... e sim na vida destes seres, criaturas divinas que merecem mais consideração: viver com dignidade, sem sofrer exploração e maus tratos.
Hoje, já se vão 4 anos e alguns meses... e lamento não ter despertado antes, mas pelo menos foi dentro do prazo de validade.
Mesmo tomando a decisão de supetão, do dia para a noite, sem estudar e analisar como seriam as "consequências" e as dificuldades - não pela vontade de ingerir, no meu caso, mas pela falta de opção pois a grande variedade de alimentos são preparados com algum tipo de carne - aprendi a substituir a proteína necessária e vejo os inúmeros benefícios nutricionais desta "troca".
Cada vez mais concluo que o consumo da carne é uma grande bomba para nosso perecível corpo, e creio, absolutamente, que está totalmente ligado ao câncer.
Além da enorme quantidade de antibióticos, hormônios e sabe-se lá o que mais os produtores injetam nesses pobres seres - enxergando somente um cifrão - a situação ambiental, existe a carga energética envolvida em toda circunstancia.
Animais sob stress liberam cargas energéticas muito pesadas que ficam impregnadas, impressas na carne que será posteriormente ingerida e digerida fazendo com que essa energia seja absorvida também.
Sempre interessada pelo assunto, leio vários artigos e livros que me tornam mais convicta nesta jornada, como por exemplo este trecho da Revista dos Vegetarianos em uma matéria sobre o cérebro:
"... engana-se quem acha que o cérebro só funciona com proteína de origem animal. Feijão, lentilha e grão-de-bico, por exemplo, são ótimas fontes proteicas e ainda podem melhorar o humor porque produzem um aminoácido chamado triptofano, que aumenta a sensação de bem-estar e felicidade. Além disso, acredita-se que as carnes quando grelhadas liberam compostos químicos conhecidos como aminas heterocíclicas que se grudam nos neurônios, degenerando-os e provocando inflamações cerebrais. E quanto mais tempo a carne (branca ou vermelha) fica na grelha, mais aminas são liberadas."
Fonte: Revista dos Vegetarianos número 56
Infelizmente ainda não é possível boicotar qualquer produto que cause sofrimento a um animal, ainda mais quando não se está em um grande centro.
As opções de substituição para ovos e laticínios ainda são pouco difundidas e difíceis de encontrar no interior da maioria dos Estados.
Mas tem muitas dicas boas para substituição, como por exemplo substituir o ovo por uma colher de linhaça.... como?
Deixe uma colher de sopa de linhaça hidratar em três colheres de água durante a noite. A linhaça dissolve e libera uma substancia que tem a mesma função do ovo - dar liga na receita.
O verdadeiro desafio é comer fora de casa... Tudo tem algum rastro de carne no meio... seja na salada com presunto, frango desfiado, atum e até no feijão feito com bacon, calabresa ou qualquer coisa do tipo para dar "sabor".
Mas as coisas estão melhorando gradativamente, e torço para novos adeptos ou pelo menos que diminuam o consumo da carne.
Escolher ser vegetariana... foi uma das melhores coisas que decidi na vida!
